Sérgio Moro apresentou representação contra blogueiros petistas por crimes contra sua honra. MPF faz intimação
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da
Operação Lava Jato, apresentou ao Ministério Público Federal, em 24 de abril,
uma representação contra os blogueiros petistas Fabiano Portilho, do Portal I9,
e Miguel Baia Bargas, do Limpinho & Cheiroso, por crimes contra a
honra de servidor público em exercício da função, no caso o próprio Moro.
Na última sexta-feira, 21 de agosto, um oficial de justiça
entregou a Bargas intimação do MPF (ver imagem ao lado), assinada pela
procuradora da República Heloisa Maria Fontes Barreto, para que ele preste
esclarecimentos no procedimento penal instaurado pela suposta prática do crime.
Bargas é citado na representação de Moro por ter reproduzido
em seu blog uma das “matérias mentirosas” de Portillo – “Moro trabalhou para
advogado do PSDB que desviou R$ 500 milhões” – dando-lhe um título “ainda
mais categórico” que o envolve diretamente em “desvios de recursos
públicos”: “Paraná: Quando Moro trabalhou para o PSDB, ajudou a desviar R$
500 milhões da Prefeitura de Maringá”.
Fabiano Portillo, relembro, é o mesmo blogueiro
que atacou o procurador da República Anselmo Henrique
Cordeiro Lopes quando veio a público a investigação aberta pelo MPF sobre
o suposto tráfico de influência de Lula em favor da empreiteira Odebrecht.
Lopes se limitou a reagir no Facebook (aqui), mas Moro foi além com a representação, desmentindo
ainda outras duas matérias de Portillo: “Esposa de juiz da Lava Jato
fez parte da Máfia das Falências no Paraná” e “Esposa de juiz da Lava Jato
é assessora jurídica de vice de Beto Richa, do PSDB” – esta última, reproduzida
em vários blogs sujos do PT.
“O objetivo de algumas delas é ‘revelar’ inexistente vínculo
do ora Requerente com partidos políticos de oposição, sugerindo que os
processos da assim denominada Operação Lavajato seriam movidos por propósitos
político-partidários, ou seja, que este julgador, ligado a partidos, estaria
cometendo o crime de prevaricação”, escreveu Moro.
“O objetivo de outras delas é ‘revelar’ que pessoas ligadas
ao ora Requerente seriam criminosos, como o advogado com o qual o ora Requerente
trabalhou antes de ingressar na magistratura, ou mesmo a esposa do
Requerente. Em ambos os casos, as notícias são absolutamente falsas, sem
qualquer base na realidade”, completou o juiz, antes de desmascarar uma
por uma, como se pode ler no documento original abaixo.
Sem pedir a censura ou interdição das matérias, “por ser
contra, por princípio, essa providência”, Moro solicitou ao MPF que “tome as
providências necessárias para processar criminalmente os responsáveis pelas
matérias e as demais pessoas eventualmente envolvidas em sua produção”.
Este blog apoia Sérgio Moro em todas as suas frentes de
combate ao crime e a intimidações criminosas travestidas de jornalismo.
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