Procurador da Lava Jato desmascara Dilma, Cardozo, críticos de Sergio Moro e o tamanho do petrolão
O procurador Carlos Fernando dos
Santos Lima, da Operação Lava Jato, bota para quebrar.
Após a prisão do ex-diretor da Área Internacional Jorge Zelada nesta
manhã, ele afirmou que o dinheiro roubado da Petrobras é “significativamente
maior” do que os 6 bilhões de reais lançados no balanço da estatal.
(Nunca tivemos a menor dúvida
disso.)
Antes, em entrevista à Folha,
Lima desmascarou Dilma Rousseff, que havia comparado os delatores da Lava Jato
a Joaquim Silvério e Judas Iscariotes:
“A comparação é totalmente
infundada porque não vivemos nem na Roma imperial nem nos tempos de Maria
Louca. Vivemos na democracia”.
Carlos Fernando desmascarou
também os que acusam o juiz Sergio Moro de usar a prisão preventiva para
extorquir delações:
“É absolutamente inverídico. Dois
terços das delações foram feitas por pessoas que não estavam presas. Seria o
caso da de Ricardo Pessoa, por exemplo, que se deu no STF. As pessoas optam por
colaborar muito mais por medo do processo e da prisão no futuro do que pelo
encarceramento preventivo”.
De quebra, o procurador
desmascarou o ministro da Justiça (do Foro de São Paulo), José Eduardo Cardozo:
“Fico preocupado quando vejo que
alguns advogados considerem o Ministério da Justiça como uma extensão de seus
escritórios. O ministério deveria agir como órgão superior do Executivo que tem
encargo de providenciar meios materiais para que a Justiça seja feita”.
Pena que Lula e os companheiros
do PT não reconhecem os esforços de Cardozo e decidiram derrubá-lo pela
incapacidade de melar a Lava Jato.
Segundo a Folha, o ministro
“confidenciou a amigos que deseja deixar o governo Dilma Rousseff”.
Ele “tem dito estar ‘de saco cheio’
e lembra que todo ministro tem ‘prazo de validade’”, mas… sempre tem um mas…
estaria disposto, segundo os mesmos amigos, a permanecer no governo se Dilma
lhe fizesse um afago.
Fofinho, né? Mas o nosso “saco
cheio” de Cardozo fica “significativamente maior” com suas confidências – ou
“vazamentos seletivos” – à Folha de S. Paulo.
Esperamos que a Lava Jato acabe
com o “prazo de validade” de toda essa gente.
(Felipe Moura Brasil)
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