Maduro descarta observadores do exterior em eleição na Venezuela
O presidente da Venezuela,
Nicolás Maduro, descartou nesta terça-feira (28) permitir a presença de
observadores internacionais na eleição parlamentar marcada para 6 de dezembro.
"Não o aceitaremos
jamais", disse Maduro em visita a Nova York, onde reuniu-se com o
secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, para tratar da disputa territorial com a
vizinha Guiana.
"A Venezuela não é
monitorada nem será monitorada por ninguém", disse o presidente a
jornalistas que lhe haviam perguntado se o pleito terá observadores das Nações
Unidas.
As declarações, transmitidas por
agências de notícias, contrariam a posição de países que, como o Brasil, cobram
que a Venezuela permita a atuação de observadores para dar garantias
internacionais de lisura e dirimir temores de possíveis fraudes.
Após visita
a Caracas, em março, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, disse ter
recebido garantias das autoridades eleitorais venezuelanas de que permitiriam a
presença de observadores da Unasul (bloco político criado por impulso de Brasil
e Venezuela para reunir todos os países da América do Sul).
Desde então, porém, o governo
venezuelano diz que só aceita missão da Unasul restrita a funções de "acompanhamento"
– ou seja, sem verdadeiros poderes para fiscalizar e monitorar o processo
eleitoral contra possíveis fraudes.
A oposição venezuelana suspeita
que a Unasul seja conivente com o governo Maduro e busca monitoramento de
observadores de outros órgãos multilaterais.
Nesta segunda (27), o líder da
oposição venezuelana e governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles, visitou
a sede da Organização dos Estados Americanos, em Washington, para pedir o
envio de observadores do órgão.
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