AÉCIO DIZ QUE OPOSIÇÃO VAI À PGR ACUSAR DILMA DE EXTORSÃO
PARA AÉCIO, O PRESIDENTE DA UTC, APONTADO COMO CHEFE DO
CARTEL DE EMPREITEIRAS, FOI CHANTAGEADO POR DILMA.
Após trechos da delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa,
virem a público, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG)
anunciou nesta terça-feira, 30, que os partidos de oposição vão entrar com uma
representação na Procuradoria-Geral da República por crime de extorsão contra a
presidente Dilma Rousseff e o então tesoureiro da sua campanha, ministro Edinho
Silva.
"Há ali explicitado por ele (Pessoa), uma clara
chantagem. Ou ele aumentava as doações ao Partido dos Trabalhadores e à
campanha da presidente da República, ou ele não continuava com suas obras na
Petrobrás. Apenas a presidente da República é quem teria as condições de
efetivar essa chantagem, e não o então tesoureiro do partido", afirmou
Aécio.
A medida foi anunciada após um encontro com lideranças do
PSDB, DEM, PPS e Solidariedade. Apesar de parte da oposição considerar que já
há elementos suficientes para que se entre com um pedido de impeachment na
Câmara, Aécio e outros nomes tucanos têm colocado um freio no processo e
defendido que é preciso "cautela" ao tratar do tema.
Além da representação na PGR, o grupo de partidos da
oposição vai apostar em outras duas frentes para desgastar o governo: entrar
com um novo pedido no Tribunal de Contas da União (TCU) para que o órgão
investigue também a suspeita de que Dilma continuou com as chamadas pedaladas
fiscais em 2015 e acionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a
delação de Pessoa seja levada em conta no processo que já foi aberto no órgão
contra a campanha da petista.
Para o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), essas
três ações vão pavimentar o caminho para um eventual pedido de impeachment de
Dilma. O senador afirma que hoje falta "muito pouco" para que fiquem
configuradas as provas necessárias para abrir o processo.
Segundo líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT), há
consenso hoje na oposição que Dilma não tem mais condições de se manter no
cargo. "A forma que ela vai sair, a oposição vai continuar
discutindo", afirmou. (AE)
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