PROCURADORES CONCLUÍRAM QUE LULA COMETEU O CRIME DE TRÁFICO DE INFLUÊNCIA
O ex-presidente Lula atuou fortemente como lobista da
Odebrecht no exterior, é o que diz reportagem da edição desta semana da
revista Época. De acordo com a revista, centenas de documentos das empresas de
Lula, da Odebrecht e até do BNDES foram analisadas por peritos na
investigação sobre as suspeitas de tráfico de influência internacional do
petista para favorecer a Odebrecht. Após analisar telegramas
diplomáticos, cruzar dados de viagens de Lula e de executivos da empreiteira,
os procuradores concluíram que o ex-presidente cometeu sim o crime de tráfico
de influência.
Para os procuradores, havia um “modus operandi criminoso”
na atuação de Lula, dos executivos da Odebrecht e dos diretores do BNDES para
liberar dinheiro do banco à empreiteira. O ex-presidente praticou o crime
de tráfico de influência em favor da Odebrecht, vendeu sua “influência
política” por R$ 7 milhões e o contrato de palestras com uma uma empresa
do petista serviu para “dar aparência de legalidade” ao crime.
Sobre o BNDES, a matéria afirma que o banco aprovava
com "velocidade incomum" os financiamentos que envolviam gestões de
Lula e interessavam à Odebrecht, além de liberar dinheiro indiretamente à
construtora.
Os investigadores confirmaram que Lula viajava em jatinhos
da Odebrecht para se encontrar com os presidentes amigos e o pagamento era
feito por meio de “palestras”, justificando, em tese, a necessidade das
viagens. Relatos de diplomatas que acompanhavam as reuniões confirmaram que
Lula fazia lobby em favor da Odebrecht e ainda prometia aos chefes de Estado
que convenceria a presidente Dilma Rousseff a “ajudar”. Isso aconteceu em Cuba,
Venezuela e República Dominicana, para citar alguns exemplos.
Durante o "contrato" de Lula com a Odebrecht, a
empreiteira recebeu US$ 7,4 bilhões em financiamentos do BNDES por meio de 52
contratos no exterior. Durante esse tempo, a construtora pagou R$ 4 milhões à
L.I.L.S., empresa de Lula, além de bancar despesas no valor de US$ 1,2 milhão e
mais de 40 mil fretamento de aeronaves, carros e hospedagens. Análise do
MPF verificou que o BNDES leva em média 488 dias para aprovar um processo de
financiamento de obra no exterior, mas 17 das 30 transações da Odebrecht
periciadas ficaram abaixo do prazo. A obra do porto de Mariel em Cuba levou
pouco mais de um terço desse tempo (176 dias). (A.Amorim)
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