Comitiva de Dilma dá calote de US$ 100 mil em aluguel de carros de luxo nos EUA
Sabem, né, 'uzamericanu', a 'zelite', a burguesia
decadente...
O brasileiro que é proprietário
de uma empresa de limusines em San Francisco (EUA) disse que entrará na Justiça
americana contra o governo brasileiro se não receber os US$ 100 mil pelos
serviços de transporte prestados durante a viagem
oficial de Dilma Rousseff à Califórnia, em julho.
O cônsul-geral em San Franciso
confirmou que o valor não foi pago, mas considerou "normal" o
"atraso".
"Ainda não recebemos os
recursos de Brasília. Não sei exatamente a razão. Deve ser algum problema
orçamentário, então a gente não pôde ainda realizar o pagamento", disse
Eduardo Prisco Paraiso Ramos à Folha.
Segundo Eduardo Marciano, dono da
NS Highfly Limousine, a comitiva contratou 25 motoristas, dois ônibus, um
caminhão, três vans e 19 limusines. Ele disse que usou US$ 40 mil de recursos
próprios para custear parte das diárias dos 25 motoristas e das vans, que ele
sublocou.
A história surgiu em um site de
blogueiros que é veiculado pela rede CNN.
Dilma esteve na Califórnia no dia
1º de julho, mas os veículos foram usados de 16 de junho a 2 de julho, para os
preparativos da visita.
"Estou cansado de ir ao
consulado. Não quero levar o governo aos tribunais aqui. Mas não posso ter um
prejuízo desses", disse Marciano.
Ele disse que as tentativas de
comunicação direta com o Itamaraty foram frustradas.
PRÓXIMOS DIAS
Procurado pela Folha, o
Itamaraty informou que os recursos foram liberados recentemente e que a dívida
será paga nos próximos dias.
A pasta informou ainda que não
havia limusines entre os veículos alugados, apenas carros sedan, vans e ônibus
para o transporte de jornalistas que acompanharam a agenda da presidente.
O ministério enfrenta crise
motivada pelo corte de R$ 40,7 milhões no orçamento em 2015 imposto pelo
governo federal.
Na semana passada, as cerca de
dez representações nos EUA receberam comunicado informando o cancelamento das
apólices de seguro de veículos oficiais, segundo um funcionário que não quis
ser identificado. Uma autoridade teria recomendado a não utilização dos carros.
O cônsul em San Francisco disse
que tomou medidas administrativas para encomendar vários serviços solicitados
por Brasília, mas não recebeu os pagamentos.
Questionado se outros serviços
não foram pagos, disse: "Assim de cabeça não sei. Mas sei que várias
coisas já foram pagas. Talvez ainda haja alguma coisa por pagar. Mas é normal,
está vindo normalmente.
A Secretaria de Estado vai
mandando dinheiro e a gente vai fazendo os pagamentos. É normal, algum atraso é
sempre normal."
(UOL)
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