Ministério Público sugere reprovação de contas do PT mineiro
Procuradoria aponta à Justiça Eleitoral irregularidades na
campanha do governador Fernando Pimentel
O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Eleitoral
a reprovação das contas de campanha do PT mineiro por irregularidades
referentes a 2014, ano em que o partido elegeu Fernando Pimentel governador do
Estado.
O pedido se baseia em parecer técnico do Tribunal Regional
Eleitoral (TRE-MG), que, entre outras falhas, apontou sonegação fiscal de 31%
em despesas de R$ 6,2 milhões com pessoal. A prática, ressalta o MPF, configura
não só uma falta de campanha, mas crime. Por isso, a Procuradoria Regional Eleitoral
(PRE), um braço do MPF, sugere que a Receita Federal abra processo para
apuração do débito, o que seria o primeiro passo para uma investigação criminal
a respeito.
O procurador regional Eleitoral de Minas, Patrick Salgado
Martins, afirma que somente a sonegação, “sem qualquer outra irregularidade”,
seria suficiente para a desaprovação das contas, pois se trata de crime
severamente apenado no Brasil por sua imensa “danosidade social”. Ele destaca
que as provas apontadas por técnicos do TRE “são mais que suficientes” para
comprovar o calote ao Fisco, pois o PT teve a chance de “sanar ou justificar a
falha” indicada nos autos.
O Estado de S. Paulo
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