Maria do Rosário levou R$ 145 mil de propina da Engevix, segundo diretor da empresa
(Estadão) O vice-presidente
da Engevix Engenharia Gerson de Mello Almada revelou aos investigadores da
operação Lava Jato que encaminhou uma lista indicando políticos do PT para
receberem doação da empresa ao lobista Milton Pascowitch, apontado como
operador de propinas da empreiteira e que decidiu fazer acordo de delação
premiada na Lava Jato. O empreiteiro, contudo, disse não se recordar se a
doação aos políticos da sigla foi abatida das “comissões” que ele devia a Pascowitch.
“Que a lista refere-se a uma
doação feita ao Partido dos Trabalhadores, tendo o declarante (Gerson Almada)
nominado os candidatos que gostaria de verem beneficiados com parte dos
recursos; que essa lista foi entregue a Milton Pascowitch, tratando-se a doação
no valor de R$ 400 mil feita de forma espontânea”, relatou o executivo à
Polícia Federal, em depoimento no dia 1.º de abril de 2015.
Ele indicou ainda que o dinheiro
foi repassado para as campanhas dos parlamentares Vicente Cândido, Maria do
Rosário, “Mirian” (que o depoimento não identifica), os deputados estaduais do
PT Rio Grande do Sul Altemir Tortelli, Marcos Daneluz e Nelsinho Metalúrgico,
além dos irmãos Nilto Tatto e Enio Tatto, deputado federal e deputado estadual
por São Paulo, respectivamente.
Conforme lançado na prestação de
contas da candidata, ela recebeu R$ 145 mil da Engevix, que foi a sua terceira
maior doadora. Também recebeu R$ 37.500 da Queiroz Galvão e R$ 33.250 da
Andrade Gutierrez. Ao todo foram R$ 215.750 das empreiteiras do Petrolão.
O maior doador de Maria do
Rosário foi a Mineração Corumbaense, subsidiária da Vale do Rio Doce, com R$
200 mil. E o segundo maior doador foi a União de Faculdades do Amapá Ltda., com
R$ 200 mil. Ninguém sabe qual o interesse deste doador em uma deputada gaúcha,
mas em se tratando do PT logo, logo vai aparecer.
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