Eletrolão abasteceu os cofres do PT em ano eleitoral, por exigência de ‘Homem da Dilma’ e Vaccari, segundo Pessoa
O Eletrolão chegou para animar o fim de semana!
Eis um trecho da reportagem da VEJA :
“VEJA teve acesso a mais um testemunho de que propina
cobrada em troca de contratos – desta vez, no setor elétrico, a menina dos
olhos de Dilma – abasteceu os cofres do PT em pleno ano eleitoral.
Os operadores da transação criminosa foram o
onipresente João Vaccari Neto, então tesoureiro do partido, e Valter
Luiz Cardeal, diretor da Eletrobras, o ‘homem da Dilma’ na estatal e um
dos poucos quadros da administração com livre acesso ao gabinete presidencial.
O relato desse novo caso de desvio de verba pública para
financiar o projeto de poder petista consta do acordo de delação premiada
firmado entre o engenheiro Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, e o Ministério
Público Federal.
Num de seus depoimentos, Pessoa contou que em setembro do
ano passado o consórcio Una 3 – formado por Andrade Gutierrez, Odebrecht,
Camargo Corrêa e UTC Engenharia – fechou um contrato para tocar parte das obras
da Usina de Angra 3.
A assinatura do contrato, estimado em 2,9 bilhões de reais,
foi precedida de uma intensa negociação.
A Eletrobras pediu um desconto de 10% no valor cobrado pelo
consórcio, que aceitou um abatimento de 6%. A diferença não resultou em
economia para os cofres públicos. Pelo contrário, aguçou o apetite dos
petistas.
Tão logo formalizado o desconto de 6%, Cardeal chamou
executivos do consórcio Una 3 para uma conversa que fugiu aos esperados padrões
técnicos do setor elétrico. Faltava pouco para o primeiro turno da sucessão
presidencial.
O ‘homem da Dilma’ foi curto e grosso: as empresas deveriam
doar ao PT a diferença entre o desconto pedido pela Eletrobras e o desconto
aceito por elas. A máquina pública era mais uma vez usada para bancar o
partido em mais um engenhoso ardil para esconder a fraude.
A conversa de Cardeal foi com Walmir Pinheiro, diretor
financeiro da empresa, escalado para tratar dos detalhes da operação. Depois
dela, Vaccari telefonou para o próprio Ricardo Pessoa e cobrou o
‘pixuleco’.
‘Quando soube que a UTC havia assinado Angra 3, João Vaccari
imediatamente procurou para questionar a parte que seria destinada ao PT – o
que foi feito pela empresa’, relatou o empreiteiro.
Aos investigadores, Pessoa fez questão de ressaltar que,
segundo seu executivo, foi Cardeal quem alertou Vaccari sobre a diferença de 4
pontos percentuais entre o desconto pedido pela Eletrobras e o concedido pelas
construtoras. Perguntado sobre o que sabia a respeito de Cardeal, Pessoa
afirmou:
‘É pessoa próxima da senhora presidenta da República, Dilma
Rousseff’.”
Felipe Moura Brasil
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