Deputados dos EUA votam a favor da restrição de viagens a Cuba
A maioria republicana do Congresso decidiu bloquear as novas
regras que facilitavam as viagens de cidadãos americanos à ilha comunista
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos votou nesta
quinta-feira a favor da manutenção das restrições a turistas americanos
interessados em viajar para Cuba. A decisão configura uma vitória para o
Partido Republicano, que possui maioria no Congresso, e impõe mais um revés aos
esforços do presidente Barack Obama em reaproximar o
governo americano da ditadura comunista. Com a legislação, aprovada por 247
votos contra 176, a oposição bloqueia as regras criadas em janeiro que
facilitavam as viagens ao país e permitiam a realização de voos comerciais dos
Estados Unidos para a ilha.
A Casa Branca, segundo a agência Associated Press,
indicou que Obama vetará a lei votada pelos deputados. Em maio, um levantamento
apontou um crescimento
de 36% nas viagens de cidadãos americanos à Cuba. Dados oficiais
revelam que 51.458 turistas americanos foram a Cuba entre 1 de janeiro e 9 de
maio deste ano - em 2014, foi registrada a ida de 37.459 visitantes neste mesmo
período. Embora o Departamento do Tesouro expresse publicamente que viajar a
Cuba para atividades turísticas continua sendo proibido, as regras que
vigoravam desde janeiro haviam facilitado o acesso aos documentos necessários
para entrar na ilha.
Companhias que têm feito as viagens para Cuba dizem que
agora os turistas só precisam apresentar um "certificado próprio" que
indique o propósito da ida à ilha comunista. Os turistas podem alegar que irão
ajudar o povo cubano, fazer uma pesquisa profissional, ou visitar a família.
Existem doze categorias aprovadas por Washington para que a viagem seja
autorizada. Também há a possibilidade de embarcar rumo a Cuba através de um
terceiro país - México, Bahamas, Jamaica e as Ilhas Cayman são as escolhas
preferidas dos americanos para burlar as restrições do governo americano.
Reaproximação - O Departamento de Tesouros americano
removeu, nesta quinta-feira, cinco indivíduos, 53 entidades e um navio da sua
lista negra cubana, dando continuidade aos trabalhos de Obama para normalizar
as relações entre os dois países.(Veja/Estadão)
0 comentários: