A cueca da Odebrecht tem batom até na etiqueta
Começou a faltar espaço para batom na cueca da Odebrecht.
Além do bilhete em que Marcelo ordena a destruição de um e-mail, o
Estadão reproduziu os laudos da Polícia Federal (ver abaixo) com os pagamentos
de propina da empreiteira.
“São 24 registros de transações bancárias, entre 3 de abril
de 2009 e 18 de maio 2012, descobertos a partir das confissões e documentos
obtidos pela Operação Lava Jato.”
E isto é apenas uma fração dos R$ 500 milhões que a
Odebrecht pode ter pago no esquema de cartel e corrupção da Petrobrás.
“O operador dessa lavanderia seria o doleiro Bernardo
Freiburghaus – que mora na Suíça e é considerado foragido.”
Sergio Moro, na decisão que decretou as prisões dos
executivos, escreveu a respeito de Bernardo:
“A constatação de que a Constructora Internacional Del Sur
efetuou depósitos nas contas off-shore de, pelo menos, três dirigentes da
Petrobrás, Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco e Renato Duque, permite concluir
por sua ligação com o esquema criminoso de cartel e propinas que afetou a
Petrobrás”.
Tem mais.
O Panamá também está investigando a Odebrecht, segundo o
jornal e a própria imprensa panamenha.
A empreiteira é acusada de ter usado contas de uma empresa
de fachada, sediada no país da América Central, para o pagamento de propina.
“Mas não são apenas eventuais contas da Odebrecht no país
que serão examinadas. Em um comunicado, a Controladoria Geral da República
informou que o contrato da linha 1 do Metro de Panamá será auditada a pedido da
própria Secretaria do Metrô. A obra foi realizada pela Odebrecht e é suspeita
de ter envolvido subornos”.
As obras do metrô panamenho foram financiadas pelo BNDES,
por meio de seu programa de exportação de serviços.
O banco e a empreiteira podem ter sido parceiros
também na modalidade olímpica de exportação de propinas.
A coisa está feia para os comparsas de Lula.
A cueca da Odebrecht tem batom até na etiqueta.
A propósito: “batom na cueca” é um termo técnico (Felipe M.Brasil)
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