Na volta do recesso, PTB e PDT desembarcam da base aliada. E agosto só está começando
Os dois partidos, que juntos somam 44 deputados, romperam
com a aliança governista e anunciaram posição de independência na Câmara
Marcela Mattos, VEJA.com
No dia em que o assumiu o descontrole sobre a base aliada ao
fazer um apelo público pela união de forças para tirar o país da crise, o
governo sofreu duas baixas na Câmara dos Deputados que devem dificultar ainda
mais a governabilidade. PTB e PDT romperam com a aliança governista e
anunciaram posição de independência. Juntas, as bancadas dos dois partidos têm
44 deputados.
Pouco antes da rebelião dos aliados, o vice-presidente e
articulador Michel Temer fez um pedido público de socorro ao Congresso Nacional.
Temer falou em união de forças e disse que é preciso que todos se dediquem para
resolver os problemas do Brasil.
O argumento do PTB e do PDT para o desembarque é semelhante:
as legendas não querem mais ser responsabilizadas pela crise instalada no país.
Os deputados também reclamam da falta de diálogo do governo com suas bases.
"Queremos sobrevivência política. Não vamos aceitar desrespeito. O governo
tem que ter parceiros, e não agregados", disse o líder do PTB, deputado
Jovair Arantes (GO). "Está nos constrangendo a postura política (com) que
o governo trata o Congresso", afirmou o líder do PDT, deputado André
Figueiredo.
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