Eletrolão pode derrubar Dilma Rousseff. PF vai bater na porta do Palácio do Planalto
Braço-direito caindo. Falta o esquerdo
Claudio Dantas mostra na IstoÉ como o Eletrolão pode derrubar Dilma Rousseff,
com a investigação de seus comparsas: o ministro Aloizio Mercadante, a antiga
auxiliar Erenice Guerra (foto) e o diretor da Eletrobras, Valter Cardeal.
“Em julho de 2007, Dilma Rousseff reuniu alguns ministros
num comitê que tinha como missão fixar novas metas para o programa nuclear
brasileiro. Aficionada às questões do setor elétrico, Dilma puxou para si o
papel de coordenadora do grupo. O trabalho resultou num plano que previa,
dentre tantas metas ambiciosas, a conclusão das obras da usina nuclear de Angra
3, paralisadas nos anos 80.
No comando operacional da empreitada estava o presidente da
Eletronuclear, almirante Othon Pinheiro da Silva, que se tornou na semana
passada o principal alvo da 16ª fase da Lava Jato. Embora o militar tenha
surgido como a face mais visível do esquema, a PF tem elementos que podem fazer
com que as investigações atinjam outras personagens muito próximas da
presidente Dilma. ‘É possível que a gente chegue aos políticos’, disse o
delegado Igor Romário de Paula.
Chegar aos políticos é quase um eufemismo. Ao mergulhar no
setor elétrico, a PF vai bater na porta do Palácio do Planalto. Não há um só
projeto no setor elétrico que Dilma não tenha acompanhado de perto. Se como
presidente do Conselho da Petrobras a presidente alega que não tinha
informações completas sobre o que acontecia na estatal, dificilmente poderá
dizer que desconhecia os rolos em Angra 3 ou na usina de Belo Monte, os dois
maiores investimentos do governo em geração de energia. Em ambos os casos, os investigadores
já têm indícios de envolvimento de gente de confiança da petista.”
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