O que o País exige do PSDB é oposição.
O que o país quer do PSDB é oposição para honrar mais de
50 milhões de votos. Que o tucanato entenda isso de uma vez por todas que não é
FHC, não é Alckmin, não é Serra, é Aécio quem tem este capital. Querem
destruí-lo para re-paulistinizar o partido?
Como sempre, o paulistério tucano quer retomar o controle do
PSDB transformando o partido naquela geleia geral onde os mesmos grupos locais
se digladiam por nacos do maior estado em detrimento dos interesses do
país. Há um bando de tucanos que dividiram São Paulo em feudos, inclusive
famílias de nomes do passado sustentados pela formidável máquina sob comando do
partido há longos anos. Empreguismo. Nepotismo. Carguismo.
Hoje o Estadão traz uma matéria em que Geraldo Alckmin,
aquele que perdeu as eleições de 2006 fazendo menos votos no segundo turno do
que no primeiro, que desfilou pelo Brasil com um coletinho ridículo cheio de
logotipos de estatais como resposta contra as privatizações, com, um discurso
pífio e vazio que conseguiu dar a Lula um segundo mandato em pleno mensalão.
Quer ser candidato a presidente, quer dominar o partido e, finalmente, quer
gerar uma pauta positiva para o partido, nitidamente de apoio a várias
iniciativas do PT. Maioridade penal, renegociação de dívidas estaduais,
autorização para empréstimos, etc. Quer negociar com o PT e Dilma.
Tudo errado. Tudo de acordo com a miopia que assola o PSDB
paulista, onde até Covas briga contra Covas pelo domínio da legenda. O que o
país espera dos 50 milhões de votos dados aos tucanos, que muitos foram
anti-PT, especialmente em São Paulo, onde coleguinhas trabalharam boa parte do
tempo contra Aécio Neves, é que o partido faça oposição dura e sem tréguas.
Ideias para o bem do Brasil devem ser dadas na forma de projetos de lei, como
Aécio Neves acaba de fazer sobre as estatais. Questionamentos legais devem ser
levados à PGR e ao STF.
Era só o que faltava o PSDB querer fazer em plena crise, em
plena recessão, no momento em que o PT sangra pela corrupção, pela recessão,
pelo desemprego, pela campanha eleitoral fraudulenta, uma espécie de Carta aos
Brasileiros, três anos antes de 2018. O que 50 milhões de brasileiros, dois
milhões dos quais foram às ruas, querem é oposição e não proposição. Os
parlamentares sabem disso e os governadores que se virem. Para proposições
existe o Congresso Nacional e não convescotes para agradar um pedaço do partido
que não tem voto, não tem popularidade e não tem a mínima chance de reeleger
velhos candidatos já derrotados em pleitos anteriores.(C.Noturno/Folha)
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