Chefe da Força Nacional de Segurança pede demissão e diz que Dilma não tem 'escrúpulos'
Coronel Adilson Moreira enviou um e-mail a subordinados com
críticas ao governo e à presidente; ministério da Justiça afirma que
declarações 'podem implicar falta disciplinar e gesto de deslealdade
administrativa'
Ao pedir demissão do comando da Força Nacional de
Segurança de Pública, o coronel Adilson Moreira enviou um e-mail a subordinados
com críticas ao governo e à presidente Dilma Rousseff.
“Minha família exigiu minha saída, pois não precisa ser
muito inteligente para saber que estamos sendo conduzidos por um grupo sem
escrúpulos, incluindo aí a presidente da República. Me sinto cada vez mais
envergonhado. O que antes eram rumores, se concretizaram”, diz o texto.
Aos colegas, ele afirma que sempre viveu um “conflito ético
de servir a um governo federal com tamanha complexidade
política”. “A nossa administração federal não está interessada no
bem do país, mas em manter o poder a qualquer custo”, acusou.
Moreira estava no cargo de diretor da Força interinamente
desde janeiro e disse no comunicado que gostaria de ficar até o final dos Jogos
Olímpicos, mas que “agora em março não foi mais possível manter o foco na área
técnica somente”.
A saída da diretoria a poucos meses
da Olimpíada traz preocupação, porque a Força Nacional é responsável
pela segurança durante o evento. A expectativa é que cerca de 10 mil homens
sejam enviados ao Rio de Janeiro com esse objetivo.
O órgão é ligado ao Ministério da Justiça. A pasta afirmou,
em nota, que considerou "graves" as declarações do coronel e que,
como elas "podem implicar falta disciplinar e gesto de deslealdade
administrativa", o ministério vai instaurar inquérito administrativo e levar
o caso à Comissão de Ética Pública da Presidência da República, uma vez que ele
mencionou o nome de Dilma. O órgão também pediu à Advocacia-Geral da União
que verifique se cabe eventuais medidas judiciais contra Moreira. (O ESTADO DE
S.PAULO)
Teve mais coragem que nossos comandantes...
ResponderExcluirO castelo de cartas começa a desmoronar.
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