Pra variar, Dilma é vaiada em abertura de jogos indígenas
Após o episódio, o cerimonialista pediu respeito às autoridades presentes no evento e disse que o local não era um 'comício'
Brasília - A presidente Dilma
Rousseff foi vaiada nesta sexta-feira, 23, durante a abertura dos Jogos
Mundiais dos Povos Indígenas em Palmas, no Tocantins.
Devido ao atraso no início da
cerimônia, uma parte da plateia começou a pedir que o evento começasse e outro
gritou o nome de Dilma. Logo em seguida, esse coro foi abafado por uma vaia.
Após o episódio, o cerimonialista
pediu respeito às autoridades presentes no evento e disse que o local não era
um "comício".
Dilma tem uma relação de pouca
proximidade com a causa indígena. Se for levado em conta os dados referentes ao
primeiro mandato da petista, ela foi a presidente que menos delimitou terras
indígenas desde 1985.
Durante a cerimônia de abertura,
Dilma ouviu cobranças de lideranças indígenas. Eles pediram a ela que não
permitisse a aprovação da PEC 215, que transfere da União para o Legislativo a
prerrogativa da demarcar territórios indígenas. Também denunciaram o que
chamaram de extermínio da etnia guarani-kaiowá.
Apesar de ter vindo à capital do
Tocantins para participar da abertura dos jogos, Dilma dedicou parte da sua
agenda a um encontro com empresários do setor ruralista da região conhecida
como Matopiba.
Durante a reunião, a presidente
defendeu a importância da região conhecida como Matopiba, considerada uma das
últimas fronteiras agrícolas em expansão do mundo e que engloba terras dos
Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
O encontro foi articulado pela
ministra da Agricultura, Kátia Abreu, senadora pelo Tocantins, que tem como uma
das prioridades da sua gestão impulsionar o desenvolvimento da região.
A expansão da área agrícola,
porém, preocupa ambientalistas, já que é focada principalmente nas grande
plantações de grãos, como a soja.
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