Presidente da CUT chama movimentos de esquerda a 'sair às ruas com armas na mão'
Dilma: aceno à esquerda em meio a crise
Meses depois do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
ameaçar enfrentar com o 'exército de Stédile' os movimentos que pedem a saída
da presidente Dilma Rousseff, um novo exército apresentou-se nesta quinta-feira
em defesa do mandato da petista. O presidente da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, pediu aos movimentos sociais a ida à
"rua entrincheirados, com armas na mão, se tentarem derrubar a
presidente". A frase foi dita durante o evento Diálogo com Movimentos
Sociais - do qual a própria presidente participa, em mais um aceno à esquerda
diante do agravamento da crise política.
Freitas afirmou ainda que se houver "qualquer tentativa
de atentado à democracia, à senhora ou ao presidente Lula nós seremos um
exército". Como os outros que o antecederam, o presidente da CUT fez duras
críticas ao ajuste fiscal e ao mercado financeiro. "O mercado nunca deu e
nunca dará sustentação ao seu governo. O povo dá sustentação ao seu
governo", disse. "Queremos também que governe com a pauta que
ganhamos na eleição passada e não com recessão", concluiu.
Com o alegado objetivo de "defender a democracia",
representantes de mais de 50 entidades se reúnem com a presidente nesta tarde.
Após críticas ao ajuste fiscal, Dilma iniciou o discurso pregando um esforço
para diminuir a desigualdade do país. "No passado foi possível fazer o
país para menos da metade (da população), para um terço. Hoje é
inadmissível", disse. "Quem sempre teve dificuldade de compreender as
diferenças foram as elites do nosso país", completou.
Assista o vídeo
(Com Estadão Conteúdo)
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