PESQUISA IBOPE: PSDB VENCERIA LULA EM ELEIÇÃO - ALCKMIN TAMBÉM, MAS A VANTAGEM DE AÉCIO É MAIOR: 50% X 31%
TANTO ALCKMIN QUANTO AÉCIO VENCERIAM LULA, MAS A VANTAGEM DO
MINEIRO SERIA BEM MAIOR
Nova pesquisa Ibope simulando o eventual segundo turno entre
Lula e presidenciáveis tucanos mostra um ligeiro aumento da diferença em favor
dos nomes do PSDB. É indicativo de que o prestígio do petista diminuiu mais um
pouco desde junho, quando a primeira sondagem foi realizada. Embora reforce a
tese alckimista de que é melhor deixar o PT sangrar até 2018, o resultado
também serve aos aecistas adeptos de eleição já. A pesquisa está sendo
divulgada com exclusividade aqui.
Os cenários eleitorais entraram na pesquisa-ônibus – o
chamado “Bus” – que o Ibope faz mensalmente, com perguntas avulsas de
diferentes clientes. Estas questões foram incluídas pelo instituto, que
aproveita o “Bus” para medir o pulso da população sobre temas conjunturais de
interesse público. Foram 2.002 entrevistas em 142 municípios de todo o País,
entre 15 e 19 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos, para mais ou para
menos, com intervalo de confiança de 95%.
Se houvesse um segundo turno hoje entre o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o tucano venceria
por 50% a 31%, com 15% de brancos e nulos e 4% de indecisos. A diferença é
quatro pontos maior do que em junho, quando Aécio batia o petista por 48% a 33%
e a taxa de eleitores sem candidato era a mesma.
Também na simulação contra o governador paulista, Geraldo
Alckmin (PSDB), Lula oscilou dois pontos para baixo: foi de 39% para 37%, e
está quatro pontos atrás do tucano, que foi de 40% para 41%. Se em junho havia
um empate técnico entre os dois (considerada a margem de erro), agora a chance
desse empate tende a zero. No cenário com Alckmin, aumenta a taxa de
brancos/nulos/indecisos, porque Aécio se tornou mais conhecido do que o
paulista desde a campanha presidencial do ano passado.
Pela primeira vez, o Ibope incluiu o senador José Serra
(PSDB-SP) em um eventual segundo turno contra Lula. Ele venceria por 43% a 36%
do petista (e haveria 21% de eleitores sem candidato). Ou seja, se a eleição
fosse hoje, Aécio seria o tucano mais forte, com 19 pontos de vantagem sobre
Lula. Serra viria a seguir, com 7 pontos a mais do que o petista, e Alckmin
seria o terceiro, com 4 pontos de diferença sobre o rival.
É preciso lembrar que pesquisas eleitorais feitas muito
antes da eleição têm uma taxa de acerto menor do que as realizadas em datas
mais próximas ao momento de o eleitor votar. A sondagem fora de uma campanha
eleitoral é o que se chama de imposição de problemática: a maioria dos
eleitores não está pensando no assunto e forma sua opinião no momento em que é
abordada pelo pesquisador. Está, assim, mais suscetível a trocar de candidato.
Os resultados devem ser encarados como uma medida do grau de
conhecimento e lembrança do eleitor em relação aos possíveis presidenciáveis –
além de indicar a simpatia ou antipatia que cada um deles provoca no
eleitorado. É o que se poderia chamar de velocidade inicial, ou a vantagem que
cada nome tem na largada. Não indica o que acontecerá no fim da corrida, porque
isso sempre depende da dinâmica da campanha eleitoral.
Esta pesquisa revela que o nome eleitoralmente mais forte do
PT perdeu, em menos de dez meses, metade dos eleitores que votaram em Dilma
Rousseff. Segundo o Ibope, apenas 51% de quem disse ter votado na atual
presidente no segundo turno de 2014 declara voto em Lula na simulação de
segundo turno contra Aécio.
Nada menos do que 29% de quem ajudou a eleger Dilma diz que
hoje votaria no tucano. Lula empata tecnicamente com Aécio apenas no Nordeste e
entre os muito pobres. E perde em todas as outras regiões e segmentos sociais.
Mas há um eleitor desiludido que será decisivo na eleição: 1 a cada 5 eleitores
de Dilma não quer Lula nem Aécio. Ele pode acabar migrando para o PSDB, pode voltar
para o PT ou pode fermentar uma terceira via.
(Diário do Poder)
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