Faltam 70 deputados para salvar Dilma Rousseff do impeachment: O Globo terá de se esforçar mais
Os blogs sujos do PT
repercutiram, afetando surpresa, o editorial de outro blog sujo, quer dizer, do jornal O
Globo contra o impeachment de Dilma Rousseff.
Mas surpreendente mesmo seria se
os editorialistas que defendem a agenda do
governo, inclusive maquiando dados, como no caso do desarmamento, não defendessem a sustentação do próprio governo.
O texto ignora – e, assim,
legitima moralmente – os crimes contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, o uso
de dinheiro sujo na campanha eleitoral, o assalto bilionário a Petrobras, os
estelionatos eleitorais e demais métodos do projeto criminoso de poder,
reduzindo tudo isso a uma pergunta que ecoa mais uma vez o discurso
petista contra seus adversários, em especial Eduardo Cunha: “vale mais o
destino de políticos proeminentes ou a estabilidade institucional do país?”
A estabilidade, claro, que o lulopetismo destruiu e que só a sua saída
poderia resgatar.
Mas O Globo terá de se esforçar
um pouco mais para salvar Dilma Rousseff da medida desejada por 66% da
população brasileira.
Primeiro, porque o PSDB deverá
apoiar o PMDB se o partido optar pela derrubada constitucional.
Segundo, porque Gerson Camarotti,
do G1, informa:
“Essa semana, no Palácio do
Planalto, foi feita uma contabilidade pragmática por petistas e auxiliares
diretos da presidente Dilma Rousseff: é preciso ter 200 votos garantidos na
Câmara dos Deputados. Essa é a margem de confiança para o número mínimo de 172
votos para barrar a abertura de um processo de impeachment.
Para o início do processo de
impedimento, são necessários 342 votos. Num gabinete palaciano, a contabilidade
acendeu a luz vermelha entre os ministros: hoje, o governo só tem 130 votos
seguros. ‘É preciso aumentar essa margem’, observou um dos participantes da
reunião.
Chegou-se a conclusão de que é
preciso mudar a estratégia: ao invés de ficar tentando agradar cerca de 300
deputados, a ordem é atrair os 70 votos restantes para assegurar a manutenção
do mandato da presidente Dilma. ‘Não podemos ficar refém exclusivamente do
(Michel) Temer. Temos que definir nossa própria estratégia’, completou essa
fonte.”
Eu vinha perguntando aqui quantos apoios Dilma Rousseff comprará até
setembro para não cair.
Agora já sabemos quantos faltam:
70.
Tic-tac, tic-tac…
Felipe Moura Brasil
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