Habeas corpus preventivo pede que Lula não seja preso na Lava Jato
Um habeas corpus preventivo impetrado na Justiça Federal no
Paraná, nesta quarta-feira (24), pede que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva não seja preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, caso o juiz
federal Sergio Moro tome uma decisão nesse sentido.
O pedido foi feito às 16h20 de quarta e refere-se a um
possível pedido de prisão preventiva. A assessoria de imprensa do TRF-4
(Tribunal Regional Federal da 4ª Região) confirmou.
O Instituto Lula disse que nega que o ex-presidente tenha
entrado com o pedido. Segundo o instituto, qualquer cidadão poderia fazer esse
pedido.
A assessoria de Lula encara a atitude como de "alguém
preocupado com o ex-presidente" ou "como uma provocação".
"O Instituto Lula estranha que sua divulgação parta do
senador Ronaldo Caiado (DEM-GO)", afirma o instituto em nota à Folha.
Caiado, um dos principais oposicionistas do Senado, divulgou em seu Twitter
nesta quinta que Lula teria entrado com o pedido por receio de ser preso.
"O ex-presidente não é investigado na operação
Lava-jato", conclui o instituto.
Entre os assuntos relacionados na solicitação —feito em uma
ação que envolve o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró— constam
"'lavagem' ou ocultação de bens, direitos ou valores oriundos de
corrupção" e "prisão preventiva".
Lula tem dito a aliados que a
prisão dos presidentes da Odebrecht e da Andrade Guiterrez é uma
demonstração de que ele será
o próximo alvo da operação que investiga um esquema de corrupção na
Petrobras.
Nas conversas, ele se mostra preocupado pelo fato de não ter
foro privilegiado, podendo ser chamado a depor a qualquer momento. Por isso,
expressa insatisfação que o caso ainda esteja sob condução do juiz Sérgio Moro.
Apesar do argumento de que outros partidos podem ser
afetados pelos desdobramentos da investigação, a tensão é maior entre petistas.
Desde o fim de 2014, a informação, que circulava no meio empresarial e
político, era de que Marcelo Odebrecht não "cairia sozinho" caso
fosse preso.
A empresa sempre negou ameaças. Entre executivos e
políticos, contudo, as supostas ameaças eram vistas como um recado ao PT dada a
proximidade entre a Odebrecht e Lula -a empresa patrocinou viagens do
ex-presidente ao exterior, para tentar fomentar negócios na África e América
Latina. (Folha)
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