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domingo, 21 de fevereiro de 2016

PROCURADORES CONCLUÍRAM QUE LULA COMETEU O CRIME DE TRÁFICO DE INFLUÊNCIA


O ex-presidente Lula atuou fortemente como lobista da Odebrecht no exterior, é o que diz reportagem da edição desta semana da revista Época. De acordo com a revista, centenas de documentos das empresas de Lula, da Odebrecht e até do BNDES foram analisadas por peritos na investigação sobre as suspeitas de tráfico de influência internacional do petista para favorecer a Odebrecht. Após analisar telegramas diplomáticos, cruzar dados de viagens de Lula e de executivos da empreiteira, os procuradores concluíram que o ex-presidente cometeu sim o crime de tráfico de influência.

Para os procuradores, havia um “modus operandi criminoso” na atuação de Lula, dos executivos da Odebrecht e dos diretores do BNDES para liberar dinheiro do banco à empreiteira. O ex-presidente praticou o crime de tráfico de influência em favor da Odebrecht, vendeu sua “influência política” por R$ 7 milhões e o contrato de palestras com uma uma empresa do petista serviu para “dar aparência de legalidade” ao crime.

Sobre o BNDES, a matéria afirma que o banco aprovava com "velocidade incomum" os financiamentos que envolviam gestões de Lula e interessavam à Odebrecht, além de liberar dinheiro indiretamente à construtora.

Os investigadores confirmaram que Lula viajava em jatinhos da Odebrecht para se encontrar com os presidentes amigos e o pagamento era feito por meio de “palestras”, justificando, em tese, a necessidade das viagens. Relatos de diplomatas que acompanhavam as reuniões confirmaram que Lula fazia lobby em favor da Odebrecht e ainda prometia aos chefes de Estado que convenceria a presidente Dilma Rousseff a “ajudar”. Isso aconteceu em Cuba, Venezuela e República Dominicana, para citar alguns exemplos.


Durante o "contrato" de Lula com a Odebrecht, a empreiteira recebeu US$ 7,4 bilhões em financiamentos do BNDES por meio de 52 contratos no exterior. Durante esse tempo, a construtora pagou R$ 4 milhões à L.I.L.S., empresa de Lula, além de bancar despesas no valor de US$ 1,2 milhão e mais de 40 mil fretamento de aeronaves, carros e hospedagens. Análise do MPF verificou que o BNDES leva em média 488 dias para aprovar um processo de financiamento de obra no exterior, mas 17 das 30 transações da Odebrecht periciadas ficaram abaixo do prazo. A obra do porto de Mariel em Cuba levou pouco mais de um terço desse tempo (176 dias). (A.Amorim)

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